Para Binet todas as crianças seguiam o mesmo curso de desenvolvimento, porém algumas mais rápido do que outras. Crianças denominadas por ele “estúpidas” estariam simplesmente atrasadas em seu desenvolvimento, assim em seus testes essas crianças deveriam funcionar como uma criança mais jovem típica. Embasado nessa teoria, foi elaborada uma medida que veio a ser denominada Idade Mental. Uma criança normal teria sua idade cronológica igual a sua idade mental. Para essa mensuração Binet desenvolveu uma série de questões que poderiam prever o rendimento escolar.
Binet e sua equipe não fizeram suposições sobre a razão pela qual uma criança em particular poderia ser mais lenta ou precoce. Ao invés disso adotaram uma explicação ambiental para o fenômeno. Segundo o mesmo as crianças atrasadas deveriam receber “fisioterapia mental”, ou seja, deveriam ser estimuladas a desenvolver suas habilidades.
Em 1911, Lewis Terman tentou usar o teste de Binet, entretanto descobriu que as normas para a idade mental desenvolvidas na frança não se aplicavam as crianças americanas. Terman modificou o instrumento e estendeu o seu limite de idade para avaliação. Este revisão recebeu o nome até hoje conservado de Standford-Binet.
A partir desses testes o alemão William Stern criou o Quociente de Inteligência, QI. O QI de Stern nada mais era do que a idade mental dividida pela idade cronológica multiplicada por 100. Dessa forma crianças normais, com idades cronológicas e mentais iguais tinham o QI igual a 100.
A maioria dos testes atuais para inteligência não utiliza mais o QI em sua formula original. Entretanto os testes atuais definem os escores de forma que 100 é a média, sendo que dois terços das pessoas estão situadas entre 85 e 115. É notório que mesmo não existindo um quociente de inteligência, o termo QI é amplamente utilizado com uma forma de expressão abreviada para teste de inteligência.
Referências
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